maio 14, 2011

de graça, choro, e esperança.

Às vezes eu acho graça. Graça da vida, disso tudo de vem-e-passa-mas-nunca-passa-mesmo, porque sempre fica. Sempre. Nem que seja um pouquinho.
Às vezes eu sinto falta... Falta de como tudo era, e de como era bom ser daquele jeito.
Mas às vezes eu choro, principalmente com cenas românticas de novelas/filmes/seriados. Choro com o irreal, que imita a vida. Não é que me falta amor, não - longe disso. É que, às vezes, é bom chorar. Nem que seja só pra tirar a maquiagem mesmo.
Às vezes é bom ouvir a mesma música um milhão de vezes, até que aquela dorzinha que eu nem sei se é dor mesmo - sabe, aquela que a gente sente quanto tá assistindo uma cena bem linda e começa a música ao fundo, e depois você baixa a música e fica ouvindo ela, e ouvindo, e ouvindo, só pra sentir de novo aquela sensação que você sentiu naquela hora? Quem já amou sabe de que dorzinha eu tô falando. É uma dor que não tem nada a ver com ter ou não um amor. É só a dor de sentir aquilo tudo também. Se bem que esquece... Acho que tô viajando aqui.
O que eu tô querendo dizer é que não precisa estar triste pra chorar. Acho que só precisa tá quebrado. E nem sempre o fato de estar quebrado deixa a gente triste. A gente se acostuma com o tempo, e então chora, na esperança de colar. 
Porque essa nunca vai embora, a esperança. Por mais que você canse de esperar.
V. Rodrigues
(E a música de que eu tô falando
é 'I Should Go', do Levi Kreis)

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