abril 18, 2010

A insanidade que há no amor

"Talvez no infinito, ou em algum lugar bem bonito, Deus tenha escrito uma história pra nós dois" Acordei. Era madrugada e a chuva caia lá fora. Lembrei de você, mais uma vez lembrei de você. Isso me irritou. Não, eu já não aguentava mais pensar em você, mas mesmo assim eu continuava a pensar. Não, a verdade é que eu também já não aguentava mais fingir que você não era nada para mim. Você era muito para mim, era bem mais até do que eu queria que fosse, era bem mais do que eu poderia permitir que fosse. Mais uma vez aquela frase: "Talvez no infinito, ou em algum lugar bem bonito, Deus tenha escrito uma história pra nós dois" Será que realmente esse lugar existia? Será que eu realmente poderia ter esperança de um dia te ter em meus braços? Será que você também pensava em mim? Não sabia. A única certeza que eu tinha era que, quando sorria, sorria porque estava pensando em você! Será que aquilo era amor? Será que aquilo era amar? Senti medo. Medo de estar te amando. Ingênua, boba, louca. Sim, eu te amava. Eu sabia disso. Todos sabiam, mas era mais fácil pra mim fingir que não - "Vai ver o fato de você nunca tê-lo abraçado signifique algo!" - Será? Não! Mais uma vez foi melhor pra mim fingir que não, que eu não te amava, que você era apenas um garoto, mais um garoto, mesmo sendo o mais incrível de todos, você tinha que ser mais um, apenas mais um. Loucura essa minha, de não viver a realidade. De que adiantava? Ali estava eu, mais uma noite perdida por você, mas uma noite sem sono, mais um dia sem fome, mais um momento sem você. Porque?, eu me perguntava. Porque não outra pessoa? Porque logo você? Mania de querer sempre o impossível. E esse teu cheiro que não largava de mim, essa imagem tua que não saia da minha cabeça. Bastava silenciar pra que eu ouvisse a tua voz em meu ouvido. Sim, eu te amava. Acho que sempre te amei, acho que sempre esteve ali, acho que sempre esteve perto. E porque fingir? CHEGA! "Vou contar, me declarar. Dizer tudo o que sinto, o que senti, dizer tudo o que siginifica pra mim" Doce delírio. Volto ao mundo real. Ainda estava ali, deitada, lagrimas nos olhos, nó na garganta. A sina do dia havia sido cumprida. Agora, talvez, conseguisse dormir em paz. Não, eu não conseguiria dormir em paz ! Talvez agora conseguisse ao menos dormir! "Talvez no infinito, ou em algum lugar bem bonito, Deus tenha escrito uma história pra nós dois" Era essa esperança que ainda me mantinha vida. Um dia te teria para mim!


V. Rodrigues

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