junho 09, 2010

Coragem.


E então ela sorriu, ergueu a cabeça, colocou as mãos no bolso do jeans e continuou. No fundo ela sabia que aquilo talvez nem valesse tanto a pena, que aquilo um dia iria doer [de novo], iria sangrar [de novo], mas ela simplesmente não se importava, porque mesmo sem ter certeza se era aquilo mesmo o que ela queria, ela era capaz de amar aquilo com todas as forças, e se entregar de corpo e alma, pronta pra cair e se curar de novo. Ela era forte, ela sempre foi forte. Ninguém jamais a enganou. Ela que fingia se enganar, mas ela também não ligava muito pra isso. Existia um motivo maior, e ela sabia. Se não fosse desta vez, seria da outra, ou da outra, ou talvez da próxima... ela não tinha pressa, ela aprendera a esperar. Mãos nos bolsos, trident na boca, sorriso nos lábios e lá ia ela. Ela  nunca temera o destino, e por isso ela era tão feliz, só por isso...


V. Rodrigues 

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