Não sei se tenho um dono. Sou de quem me quer, mas de quem me quer por inteiro, não pela metade. Não sei ser meia amiga, meia companheira, meia filha, meia pessoa. Sou por completo, com o bom e o ruim, o bem e o mal, o humor e o mau-humor. Sou o tudo e o nada, e é só assim que eu sei ser. Não sei viver de metades, de pedaços divididos que encaixam onde lhe convêm. Sou o completo, o complexo, o abstrato, e é assim que sempre vou ver. E vou ser de quem me quizer, mesmo sabendo que vão ser poucas as pessoas que aceitarão essa condição.
V. Rodrigues
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