setembro 02, 2010

goodbye.

Adeus você. Eu hoje vou pro lado de lá. Eu tô levando tudo de mim, que é pra não ter razão pra chorar. Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar.
Cuida do teu, pra que ninguém te jogue no chão. Procure dividir-se em alguém. Procure-me em qualquer confusão. Levanta e te sustenta, e não pensa que eu fui por não te amar.
Quero ver você maior, meu bem, pra que minha vida siga adiante.
Adeus você. Não venha mais me negacear. Teu choro não me faz desistir, teu riso não me faz declinar. Acalma essa tormenta e se aguenta, que eu vou pro meu lugar.
É bom as vezes se perder, sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer por si, saber mudar de tom.
Quero não saber de cor, também, pra que minha vida siga adiante.



Postei essa música porque ouvindo ela a gente aprende tanta coisa. 
Aprende que nem sempre quem nos abandona, nos abandona por falta de amor. Acontece que algumas vezes só o amor não é suficiente... E mesmo quando é suficiente, nem sempre ele nos faz totalmente bem. Algumas vezes na vida, não muitas, algumas mesmo, o abandono faz por nós coisas que mil amores não são capazes de fazer. As vezes é no abandono, é na solidão, que a gente percebe quem a gente é de verdade, e de quem a gente precisa de verdade. A solidão tem lá os seus meios de nos ensinar a ser mais alto, a ser maior, por dentro e por fora,  a ser mais bonito e a ver mais bonito.
Aprende também que quem a gente realmente ama, e quem nos ama realmente, não se afasta 'da gente nunca. Quem a gente ama, e que ama a gente, fica sempre por perto. Seja em uma lembrança, em um ensinamento, em um gesto, em um movimento. A verdade é que a gente nunca tá mesmo abandonado. Pode ser que a gente não esteja com quem quer, mas nunca está sozinho, porque até o próprio sentimento pode ser uma companhia, e é muitas vezes uma companhia melhor que uma pessoa em si.
E o mais importante - e bonito - Aprende que viver sabendo o que te espera não tem a menor graça. O legal da vida é a surpresa, é aprender a viver todo dia de novo, começando do zero e terminando no dez, com uma sacola de aprendizado nova, todo dia, o dia todo. E assim pra sempre. Porque só cresce quem é pequeno, e só é pequeno quem sabe viver pra aprender de novo, e de novo, e de novo, até o último momento, se é que existe mesmo um último momento.

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